(Tentando) Crescer e aprender.
Querida Horta,
Escrevo-te um post Outonal cheio de sapiência recém-adquirida e provavelmente com uma boa dose de presunção. Mas não foi por mal.
Hoje é um dia em que me apetece encher de beijinhos este blog. Porque sempre esteve aqui, nos bons e maus momentos. E porque me viu crescer. E porque é Outono e há castanhas, e é tudo tão lindo.
Não liguem, esta é a minha estação. Cheira tudo muito bem e há castanhas. E depois faço anos e depois é Natal. Como não amar?
E estou nostálgica porque vou em breve começar outra aventura.
A Vida é uma caixinha de surpresas maravilhosa. A única coisa boa de não ver sempre isso é que me posso surpreender de todas as vezes.
Muitas, muitas, muuuitas batatinhas*
9. Give 14 pieces of advice to a teen who is graduating high school.
Pode pensar-se que terminar o Secundário é dos
momentos mais desconcertantes da nossa vida. Tantos sonhos a fervilhar, tantas
incertezas adolescentes que despoletam acerca do Futuro e do Presente. Tantos “onde
é que me vou meter a seguir?” e “Será que vou tomar a escolha certa?”. No
entanto, do alto da vasta experiência de
vida de alguém que acabou de terminar um curso superior, este momento em nada
se assemelha ao que sentimos quando termina o porto seguro que
foi estudar (na concepção tradicional
da palavra).
Até ao momento em que terminamos o curso
superior, houve sempre um próximo passo garantido. Até mesmo o pressuposto momento assustador de escolher o curso é nada mais que um passo seguro. Nada mais que um “vou
experimentar a ver se cola, e se não colar, há outro à escolha”. É apenas
quando esse nível fica concluído, e não aparece a próxima plataforma que se irá
encaixar a seguir, que nos apercebemos que estamos na pontinha do abismo. E que
é desse abismo que as escolhas são feitas. E se por um momento é
avassalador e assustador, por outro é magnífico e mágico. É o momento em
que sentimos que somos donos do nosso destino. Está tudo em aberto, num mundo
inteiro de possibilidades por descobrir, e no qual verdadeiramente temos o
poder de escolha sobre o que fazer a seguir.
A menos que se trate de alguém que tenha todas
as certezas sobre o que quer ser quando
for grande (o que pode mudar – e muda, certamente), a maioria de nós vai
descobrindo o caminho à medida que o faz. E dessa maioria, há uma pequena
percentagem que é afortunada por se apaixonar por alguma coisa, e que, por isso, deseja
fazer algo diferente e ir mais além. A meu ver, o mundo tem cada vez menos
dessas pessoas. Pessoas que não têm medo de arriscar, de sair da zona de
conforto e procurar o lugar menos seguro, pois é nesse lugar que se situam as
grandes conquistas. A verdadeira vanguarda é no inexplorado. Parece-me, no
entanto, quase impossível não entrar na máquina que nos achata a todos com as
mesmas proporções, e nos robotiza, removendo-nos os sonhos (basicamente, um Dementor do mundo corporativo).
Claro que nenhuma das opções é perfeita. A
grande questão é, de todos os almoços que não são grátis, qual aquele que tem a
conta mais leve? Para muitos, a segurança da “máquina Dementor do achatamento” vale mais do que o thrill de arriscar. Para outros, a doença infindável de movimento,
de chegar a um objectivo tão aparentemente intangível que só aumenta a vontade
de o atingir, é algo que a segurança não consegue pagar. No fundo, tudo se
resume a objectivos. Se o objectivo a médio prazo incluir casa própria com a
cerca branca, carro, família, e uns euros certos no banco, um emprego certo
consegue resolver. Se, por outro lado, o objectivo for crescer para além dos
horizontes que nos foram impostos, então não há estabilidade alguma (monetária,
de relacionamentos, emocional, geográfica,…) isso é certo. Mas a recompensa
pode ser infinitamente maior. Trata-se, assim, de escolher o que for mais recompensador.
Para cada um.
Trata-se de perceber que sonhos são esses que
temos e que reprimimos tantas vezes.
Trata-se de arriscar ou sonhar eternamente.
Na verdade, o que importa verdadeiramente é
sermos fiéis a nós próprios. E ninguém tem de ser obrigado a ser de uma determinada
maneira. Exactamente porque não existem pessoas iguais – existem naturezas
diferentes, existem personalidades e missões de vida distintas em todos nós. Exactamente
porque todas as opções têm o seu lado lunar. Por exemplo, no meu caso pessoal,
imaginar o Futuro dói-me, quase fisicamente. Por olhar lá longe e não ser jovem
para sempre. Por pensar em tanta coisa que quero fazer e experimentar, e tantos
lugares onde quero ir. E saber de antemão que isso muito provavelmente
corresponde a não ter um ninho quietinho com periquitos meus. E saber de
antemão que muito provavelmente se tiver esse ninho vou sentir as pernas presas
(ou as asas atadas (?) ). É nesses momentos que é importante parar, sem
pressões. Respirar e perceber qual a nossa essência no momento Presente. O que
queremos agora. Ir onde sentimos que é certo ir. E tudo ficará bem. Porque
evoluímos, e tudo se desenrola segundo um guião certo, desde que sigamos os
nossos instintos.
Com isto, termino este pensamento dizendo que todos
estamos cá por algum motivo. Todos temos a oportunidade de fazer a diferença no
Mundo e deixar a pegadinha do dinossauro para gerações vindouras poderem
usufruir. Mas não temos de ser todos iguais. E lá porque eu sou uma pulga
irrequieta (ou periquito, já não sei), nem toda a gente tem de o ser, pois todas
as personalidades são necessárias para se atingir o equilíbrio. Na verdade, se não
fossem essas pessoas que me prendem um bocadinho os pés ao chão, os meus problemas de foco, porque vejo potencial em quase
tudo, seriam infinitamente piores.
Creio, no entanto, que é essencial
compreendermos a noção da efemeridade da Vida. E da sua unicidade. Que se não fizermos
o que desejamos enquanto cá andamos,
não vamos fazer nunca. E que desperdício que é.
É por isso que acho fundamental apostar no desenvolvimento pessoal, sendo isto válido para todas as personalidades. Aprender uma língua, sair
da zona de conforto (nem que seja só uma vez), meditar (e não, não precisamos
de uma toga, cabelo rapado, nem de “Ooohm”. Basta perder um tempo para
conversarmos connosco próprios – esse ser com quem temos que obrigatoriamente
conviver), até escrever baboseiras num blog (say what?), ou um diário, agradecer
muito todos os dias, nem que seja pela chávena de café que acabámos de beber –
pois assim focamo-nos nas coisas boas da vida; fazer exercício, ler... E não é
preciso muito tempo, nem fazer tudo no mesmo dia. Tudo isto é essencial para fazermos
as escolhas acertadas, e seguirmos o que sentimos no nosso coração ser certo. Tudo
isto é essencial para conseguirmos ouvir a voz que mais está certa, a do nosso
instinto, e poder equilibrá-la com a voz racional.
Assim, depois de tudo isto, os 14 conselhos que
daria a alguém que acabasse o Secundário, ou que me daria a mim própria (apesar de achar que
tudo o que fiz contribuiu para quem sou agora, e que portanto, provavelmente não mudaria
nada) são:
1.
Escolhe
um curso que te permita verdadeiramente aprender alguma coisa válida para
poderes usar no futuro. E não apenas por ser um curso. Compreende que, mais que uma formação, o teu curso dá-te
ferramentas para pensares, conhecimentos de pessoas que te podem ajudar, e
oportunidades para explorares outras coisas.
2.
Envolve-te
em actividades extra-curriculares. Pode ser o primeiro passo para saíres da
zona de conforto. Tens a oportunidade de descobrires o que gostas de fazer (e o
que não gostas!) enquanto enriqueces o currículo.
3.
Não entres
em ebulição pela pressão de não fazeres as cadeiras todas. Há tempo para tudo.
E se não foi por falta de esforço, aconteceu porque tinha de ser assim mesmo.
Foi para algo melhor ter tempo de chegar.
4.
Aproveita
para aprenderes línguas e viajares. Acabei de me aperceber que chegou aquele
momento em que tenho 1 mês de férias por ano. Not cool. Desafia os teus pais ou amigos, junta umas poupanças e
aproveita esse tempo todo livre para conheceres lugares e pessoas.
5.
Enriquece
as tuas capacidades de networking.
Participa em congressos e fala com as pessoas. Teres um diploma na mão não te
garante nada no fim do curso. Já as pessoas que conheces pelo caminho podem ser
as primeiras a estenderem-te a mão e a apresentarem-te a desafios aliciantes.
Além de que nunca é demais ter a oportunidade de conversar com pessoas
interessantes, pois são cada vez mais escassas.
6.
Nem tudo
são rosas. A vida académica tem todo o glamour
de festas e farra associado. Mas se escolhes um curso com um futuro minimamente
promissor, tens que optar muitas vezes entre o livro e a imperial.
7.
Junta-te
a alguma coisa que te faça feliz. Pode parecer tolo, mas é importante. Principalmente
se o curso é muito exigente e te tira muito tempo, é bom veres que há algo em
que podes libertar as energias e conviver com pessoas de outros círculos.
8.
Quando
acabares o curso não tens as respostas todas. Escrevo isto porque só agora me
apercebi que ser adulto é exactamente
não ter as respostas todas. Aliás, é ter ainda mais perguntas do que
anteriormente. Costumava olhar para os adultos lá no alto e querer ser como
eles, porque sabiam tudo e lidavam com contas e telefonemas sérios sem qualquer
problema. Big mistake. A vida é uma
Selva e ninguém nos ensina a ser macacos, ou Tarzan… ou o que seja.
9.
Se tens
um sonho, persegue-o. Nem toda a gente tem a coragem de arriscar tudo para
seguir o que quer realmente. Acredito que se fores alguém que arrisca, no fim,
recolherás todas as recompensas. Confia no teu instinto.
10.
Nem toda
a gente vai ser teu amigo. Nem toda a gente vai querer que sejas bem-sucedido.
Prepara-te para te esconderem apontamentos, sebentas e exames resolvidos. Mas
dá sempre o que tiveres. Creio que quem confia em si próprio e acredita nas
suas capacidades, não tem problemas em partilhar. Porque sairá sempre vencedor.
11.
É ao crescer que dás por ti a fazer coisas de
que não te orgulhas. Contraria isso e sê a melhor versão de ti mesmo. Dá a mão
e serás recompensado. Mas se acontecer, não te martirizes. Da próxima vez, dás
o dobro. O que importa é reconhecermos os nossos erros e crescermos com eles.
12.
Tem calma e olha para dentro de ti. Andamos
todos ao mesmo, e aquela pessoa super segura e bem sucedida, tem tantos ou mais
dilemas do que tu. Sê melhor do que tu próprio, e compete apenas contigo.
13.
Aprecia a viagem. Quando deres por ti, já terminou.
Damos por nós a viver sempre a pensar no amanhã, quando é agora que vivemos. Sem querer ser pirosa, mas falhando, chama-se Presente porque nos foi oferecido. Aprecia cada momento. Diverte-te
com os bons, e aprende com os maus. Have
fun.
14.
Sê tu
mesmo. Sempre. Em todas as ocasiões. Mas não tenhas medo de evoluir e não sejas
tacanho ao ponto de te fechares nos teus medos e teimosias. Eu sou teimosa, sei
do que falo. Experiencia e vive, mantendo-te fiel à tua essência.
Progress: 6/30
1. Describe yourself from your pet’s point of view.
2. Share the most incredible thing you’ve ever seen in the most boring tone possible.
3. Provide your stream of consciousness during the the worst nightmare you’ve ever had.
4. Write about leaving home.
5. Pick ten sayings for a fortune cookie that you would never want to see come true.
6. You wake up with a key gripped tightly in your hand. How did you get this key? What do you do with this it?
7. Write a compelling argument pushing the worst advice you’ve ever been given.
8. Describe heartbreak.
9. Give 14 pieces of advice to a teen who is graduating high school.
10. Write the autobiography of the life you weren’t brave enough to lead.
11. Write a love story from end to beginning.
12. Pick a person you can’t stand and write a letter describing every wonderful thing about them.
13. Write a love scene from the point of view of your character’s hands.
14. Turn the thing that makes you the angriest into a poem.
15. Write about the way things should have been.
16. Write your own obituary honestly.
17. The person you loved who didn’t love you back.
18. A coffee date with the person you were a year ago.
19. The horrible secret the grocery clerk was hiding.
20. Write a love story starring your algebra teacher.
21. Write a letter to your future self.
22. Write about writing.
23. You approach a stranger on the street and ask them to tell you one thing they have never told anybody. What do they tell you?
24. You only have room for 5 things on your bucket list – what are they?
25. Describe the exact day you just had, but from the point of view of a psychopath.
26. Personify regret.
27. Write the back cover of the fiction novel that is based on your life in high school.
28. Detail the adventures of a day where you say “Yes” to everything.
29. How do you feel about love these days?
30. Write ten facebook status updates written by yourself in 2025.
Progress: 6/30
1. Describe yourself from your pet’s point of view.
2. Share the most incredible thing you’ve ever seen in the most boring tone possible.
3. Provide your stream of consciousness during the the worst nightmare you’ve ever had.
5. Pick ten sayings for a fortune cookie that you would never want to see come true.
6. You wake up with a key gripped tightly in your hand. How did you get this key? What do you do with this it?
7. Write a compelling argument pushing the worst advice you’ve ever been given.
10. Write the autobiography of the life you weren’t brave enough to lead.
11. Write a love story from end to beginning.
12. Pick a person you can’t stand and write a letter describing every wonderful thing about them.
13. Write a love scene from the point of view of your character’s hands.
14. Turn the thing that makes you the angriest into a poem.
15. Write about the way things should have been.
16. Write your own obituary honestly.
17. The person you loved who didn’t love you back.
18. A coffee date with the person you were a year ago.
19. The horrible secret the grocery clerk was hiding.
20. Write a love story starring your algebra teacher.
21. Write a letter to your future self.
22. Write about writing.
23. You approach a stranger on the street and ask them to tell you one thing they have never told anybody. What do they tell you?
24. You only have room for 5 things on your bucket list – what are they?
25. Describe the exact day you just had, but from the point of view of a psychopath.
26. Personify regret.
27. Write the back cover of the fiction novel that is based on your life in high school.
28. Detail the adventures of a day where you say “Yes” to everything.
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