E uma nova vida começa.

Dizem que os gatos têm 7 vidas (ou 9?! nunca sei...). Ao que parece, as Batatas também iniciam etapas novas nas suas vidas - vivem, murcham, grelam - todo um ciclo tuberculóide.

Ora, hoje foi um dia para, não uma, mas DUAS novas vidas começarem - nem toda a gente se pode gabar de ter um combo de vidas novas, num só dia (o que até dava jeito no Candy Crush).

No entanto, não importa o número de vidas que tenha, uma coisa nunca há-de mudar: Batata não pode ter telemóvel topo de gama. Não pode! E, deixando a terceira pessoa, posso dizer que tenho que me convencer deste facto. Quanto mais velho e básico, melhor para mim.
Quem me conhece, sabe que a pergunta que mais vezes faço no dia-a-dia é "Onde está o meu telemóvel?". (experimentem passar férias comigo e ouvem isto umas 20 vezes.) E hoje, para não ser excepção, a pergunta saiu dos meus lábios, assim que meti a mão no bolso (e aquele panicozinho tão familiar me subiu ao peito). Só que desta vez, não estava sozinha!

Narrarei, então, os factos:

1. Batata vem ao telemóvel, falando com a sua progenitora acerca de transportes públicos.
2. Pimento recém-conhecido, com sotaque fortemente alentejano, pergunta se Batata vai apanhar o comboio, ao que esta responde afirmativamente, enquanto "guarda" o telemóvel no sítio onde guarda sempre (que é...? - exacto, nem a própria sabe onde é).
3. Rabos assentados, desenvolve-se toda uma conversa acerca da nova vida que tínhamos acabado de iniciar.
4. Comboio pára no Cais-do-Sodré e Batata, que não está nada familiarizada com estas linhas, levanta-se atarantada, levando a sacaria toda atrás e o guarda-chuva, enquanto corre.
5. Chegam ao metro e eis que ela vem, a pergunta. "Onde está o meu telemóvel?" - e desata numa explicação atrapalhada acerca de como está constantemente a perder o telemóvel, enquanto tudo apalpa à procura do dito cujo. A certeza invade-lhe, então, o pensamento: foi desta. (e verbalizo)
6. Eis que o Alentejano sugere: porque não vamos ver no comboio? Ao que Batata responde: Não! O comboio já foi!! E aí, é elucidada de como o Cais-do-Sodré é uma estação terminal e desatam numa corrida desenfreada - Batata e o seu mais recém-amigo - em busca do telemóvel perdido.
7. É então que, debaixo de um banco, jazendo no chão, enquanto tocava uma melodia psicadélica, se encontrava o meu querido telemóvel. E, pronto, telemóvel a salvo e uma amizade para a vida.

Como diria uma amiga, o que eu perco acabo sempre por encontrar. E de uma forma, ou de outra, hei-de encontrar o que hoje se foi embora.

P.S: Os meus textos andam muito policiais. Parecem os livros da Anita!
Vol 1.Batata e o Soutien
Vol 2.Batata e o Telemóvel

parece-me bem!


Batatinhas*

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