Batata e os Transportes Públicos

QUERIDA, HORTA!

SOUBE QUE HOJE É O DIA MUNDIAL DO CAPS LOCK, PELO QUE, DECIDI ESCREVER ESTE POST, DESTA FORMA, EM HONRA DE TÃO MARAVILHOSA DATA (A SÉRIO, QUE PRECIOSIDADE).

MEH... PENSANDO MELHOR, ACHO QUE NÃO VOU ESCREVER ASSIM... É. PARECENDO QUE NÃO, GRITAR ASSIM QUE NEM UMA BATATA DESALMADA, DÁ DORES DE GARGANTA.

Ora, nos posts anteriores, dei início a uma fantástica colecção intitulada "a-minha-vida-podia-ser-um-livro-da-Anita", que se iniciou com uma história acerca de um soutien. Toda a gente sabe - até quem não é legume - que toda a história que é de qualidade começa sempre com uma peça de roupa interior. Até aí, não há novidade nenhuma.

No entanto, o que pode ser um cair-de-queixo é a importância que os transportes públicos têm nestas narrativas. Sim, as Batatas também andam de transporte público - ou rebolam (como aconteceu hoje... mas isso são conversas para mais daqui a bocado).

Andar de transportes públicos não é nenhuma novidade para mim - um comboiozito aqui, um metrito acolá, e a vida faz-se. Até porque todo o poder e prestígio que ser da Linha de Sintra me confere, tem os seus senãos quando se estuda em Lisboa. 

Agora..., autocarros?! Autocarros (ou carreiras, como tão lindamente lhe chamam) era um vocábulo que eu desconhecia (e que agora ainda não domino, entenda-se) e que tive que começar a introduzir no dicionário, com a chegada da minha nova ocupação.

Descobri, na minha demanda, que posso apanhar dois. O que descobri também é que ambos têm o seu pró e o seu contra: um vai ter directamente à minha Horta, enquanto passa por todas as Hortas e mais alguma, demorando quase 1 hora; o outro vai para  uma Horta que fica a 10 minutos de comboio de minha casa e que demora apenas 15 minutos.

MAS QUAL É QUE A BATATA ESCOLHE?

O que pára ao pé de casa. Obviamente! 

Ai, prefiro ir directa, apesar de demorar mais um bocadinho...nhanhanha. Sou tão sonsa, ai.

Epá. A sério, Batata. Às vezes, uma batatinha a murro calhava bem. 

É que não é só a questão de demorar quase 1 hora. É a questão de parar em todo o lado e mais algum. E eu sei disso! Mas o facto de ir com a real bunda assentadinha até casa, parece muito melhor.

E parece. A questão é quando a bunda não vai assentadinha, e se vai no meio da carreira a dançar kizomba com os solavancos. E foi isso que aconteceu.

Quando o autocarro pára no Hospital e olho lá para fora e vejo uma fila enorme de velhinhos, grávidas e crianças ao colo, percebi o porquê de ninguém se sentar nos lugares prioritários (e sim, eu escolhi aquele lugar com o autocarro vazio - tudo porque o botão do STOP é logo ali). Lá me levanto, e fico ali agarrada a tudo, e a todos - não me orgulho de ter apalpado tanta gente, e a nada, tudo porque sou demasiado pequena para chegar às pegas que existem em cima. Depois começa o kizomba, o rebolation (e um bocadinho de Twerk, também) e o suor - toda uma discoteca africana naquele autocarro. Eu e os velhinhos na balada. Bem, depois de tudo isto, lá fiz um amigo. O senhor mais querido de sempre que, apesar da idade, se levantou para dar lugar a uma senhora com um bebé, quando havia jovens lá por perto sentadinhos.

No fim de toda esta intensidade, lá saí do autocarro para o calor infernal deste Verão deslocado no tempo, e cheguei a casa de bom humor e com as pernas e glúteos tonificados. 

Amanhã vamos lá ver que autocarro é que apanho. Será que aprendi a lição? Se não aprendi é porque, na verdade, o meu maior desejo é rebolation com velhinhos no autocarro.

Já me apercebi que tamanho texto já dava para ter deixado tudo o que me pertence até à 4ª geração. Perdoem-me.

BATATINHAS! (E FELIZ DIA DO CAPS LOCK!)

P.S: Hoje sonhei que dei um murro ao Bono dos U2. Tudo porque o meu rádio despertou quando estava a dar o Beautiful Day, enquanto eu estava a tentar fugir de uma luta estilo "BraveHeart", com decapitações e mortes a acontecer por todo o lado. No meio de tudo aquilo, aparece-me ele à frente a cantar e eu dei-lhe um murro. Mas depois percebi que aquela música era sobre dias bonitos, e o murro não fazia sentido nenhum. E, bom. Acordei!