De volta ao Subsolo

Allô.

Ça va?

Perdoem-me, mas nestes dias fora do subsolo, cheguei a matutar horas a fio sobre a minha localização. "Estarei mesmo em Portugal? Não terei aterrado em França? Não. As mulheres estão depiladas...Bélgica? Nope. Pouco chocolate à venda... Hum...Suiça, talvez? Naaaaah, não me vejo a tropeçar em relógios SWATCH ou Flick Flack... Parece mesmo que estou em Portugal, então!"
O que é engraçado é ouvir os miúdos a dizerem: "Pai, tenho fome" e o pai responder:"Bhghdregdh manger" (aquilo era francês...) Porqueeeeê?

Nestas férias, fui à aldeia onde a minha mãe cresceu, no dia do arraial. Ora, crianças nem vê-las, mas aquelas velhinhas que nos cercam e que se chamam todas "Ti Maria" (e isto é verdade), parecem povoar os poucos metros de que é feita a Aldeia.
Giro, giro , é o carro chegar e as cortinas das janelas afastarem-se, assomando caritas curiosas, cheias de pêlos no queixo.
A minha família bem queria chegar ao recinto da festa, mas parecia tarefa impossível, visto que em dias de festa, toda a gente vai à Aldeia, ou seja, de dois em dois metros, ouvíamos chamar pela minha mãe e, pacientemente, iterrompíamos a marcha...

Na Aldeia havia uma família que eram os Candonga (don't ask). O Ti Candonga já faleceu (eu lembro-me que ele me oferecia pastilhas Gorila, quando era pequenina). Restam os filhos, mais velhos que os meus pais e os netos, que, escusado será dizer, não moram lá.
Conheci uma das muitas Ti Marias da Aldeia, nessa fatídica noite de festa, que, após conversa animada com a minha mãe, me olha atentamente. Eu sorrio envergonhada(que mais fazer?) e ela diz, muito séria.
"- Olha que a tua filha é Candonga..."

Reacção:
:|
tá.

Resta dizer que na Aldeia, sou prima de TOOOOOOOOOOOOOOOOODA a gente. Mesmo de quem não conheço. O que me vale é que não há rapazinhos giros da minha idade (na verdade, há dois, que não são meus primos (a). O TOOOOOOOOOOOOOOOOODA foi uma hiperbolezita, mas muito pequenina, porque 90% é...), senão, corria o risco de me nascerem filhos, similares às vitimas de Chernobyl.

O resto das férias foi aproveitado entre o rio e s bailaricos. Nada demais.
O cheiro a livros novos já me invade o quarto, remetendo-me à triste realidade de que a escola anda aí...

Batatitaaas (:

P.S: O que mais me irrita e me faz perder a vontade de ler é ver posts gigantes. Eu não consigo evitá-lo. Escrevo, escrevo, escrevo e... pronto. Perdoem-me.

Comentários

  1. M'Jay, escreves bem comó raio.

    (E tiveste piada nalgumas coisas.)

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  2. Tens mais sorte do que eu, 'tás a ver? Mesmo que fossem primos a sério e desde que não fossem direitos, não havia conflito de ADNs, mas a cientista és tu, saberás melhor do que eu.
    Agora, sortuda porquê? Porque eu, que ando por cá no Norte, tenho a miúda mais gira da aldeia como prima direita. Já viste como era? Raça da miúda tinha de ser família directa. Senão... Hmph!

    Beijocas de chocolate suíço, Loirinha ^^

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  3. * s-bug:
    Oh,stop it! :$
    Essa é apenas a tua visão, little Pumpkin xD
    E para dizeres que tenho piada,lgo está nessa manguinha, não? :P
    Obrigada, querida :D

    *James M. :
    Nunca tinha pensado nisto, sendo este o teu nickname há um bom tempo, mas esse "M" conjugado com o "James" faz-me lembrar um certo cantor britânico, com uma voz rouca e estranhamente orgasmica, que eu vi ao vivo dia 1 de Agosto, mas isto sou só eu a divagar.
    É. Se não forem direitos, não há deformações Chernobylescas, mas foi para dar aquele "toque" exagerado e levemente cómico... tu sabes...
    Quanto à prima... Bom...Quanto mais prima, mais se lhe arrima :P
    *

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