O Diário da Enxaqueca e a máquina da vizinha
Nunca tinha tido uma enxaqueca. Vi a minha mãe ter, quase semanalmente, desde que me lembro de ser Batata. Ora bem, como é de experiências que se vive a vida, aqui estou eu, um tubérculo murcho, a comunicar através de uma venda de analgésicos que mascara o que realmente se passa dentro desta cabeça subterrânea. Desde serpentes de diamantes que teimavam em não deixar o lado esquerdo da minha janela de visão, ao arroxar na cama duas horas a seguir ao almoço ( Sim, tudo isto foi parte de um plano maléfico posto em acção, para poder dormir a sesta.) , o meu sábado foi passado de olhos semicerrados. Acho que já posso pôr um visto na minha folha de experiências a ter, nesta vida. Está meeesmo entre ir à Nova Zelândia e fazer crowdsurfing. Mas agora que já está, já não quero brincar mais a isto - parecendo que não, é desconfortável. Passando agora ao segundo tema desta tão inspirada crónica (crónica espero eu que não seja a dor), às vezes acho que estou a ser observada. E é p...