A minha pachacha caiu dentro da sanita. E não o fez com glamour.

Querida Horta,

Não há escapatória que eu mais ame do que falar contigo.
E não sei como nem porquê, as nossas interacções ficam por vezes limitadas e escassas, para não dizer inexistentes.
Não que eu deixe de cair, escorregar (e era tão bom que isto fossem metáforas para as amarguras da vida, em vez de situações literais), não que as situações mais caricatas me tenham deixado de existir. Já aprendi que terei sempre desastres cómicos na minha vida!

Simplesmente consigo tornar-me, por vezes, numa Batata consumida pelo grelo da vida (e não estou a falar das vezes em que a depilação escapa, estou mesmo a falar das situações espinhosas).

Existe, por exemplo, aquela vez em que a MINHA PACHACHA CAIU DENTRO DA SANITA. E que bonita situação foi! Mas nunca aqui partilhei, porque, lá está, não tinha nada que cortasse o grelo a este tubérculo.
Faço-o agora, para que se sintam bem convosco próprios ao saberem como eu sobrevivo às agruras da vida.

Imaginem esta Batata saltitante, aflitinha por ir fazer o belo do xixi. Corre para o wc público mais conhecido por entupir, mas don't careeee. Levo a minha pachacha na mão - o porta-moedas, obviamente. A outra seria demasiado estranho. - entro no cubículo, fecho a porta e... desequilibro-me. Debruço-me sobre a parede, que me ampara. Mas! Com o impacto, não consigo segurar a minha querida pachacha que 

...cai, 

...e cai,

...e cai, 

...até que... splash! Com um embate violento, e um esgar de horror a percorrer a minha cara, ela cai dentro da sanita.
Se fosse só isto, tudo bem. No entanto, como já referi, é uma sanita que entope muito. Conseguem imaginar que estava cheia de papel, eu sei. Não, felizmente, ninguém tinha feito número 2 recentemente naquela retrete, mas vocês que me acompanham sabem que eu não sou uma batata com sorte. Tem que haver mais para a história.

Caso hajam dúvidas, sou uma batata feminina. Vou à casa-de-banho das senhoras. As senhoras, infelizmente, têm coisas a acontecer mensalmente no seu aparelho reprodutor. E pode ser nojento. Especialmente quando a sanita está entupida, o papel rosado assoma à superfície, e o vosso porta-moedas com quase vinte euros no interior cai lá em cima.

Compreendem o dilema. Ainda eram vinte euros.
Não me orgulho do que se passou a seguir. Quatro reflexos esofágicos depois, estava eu de manápula estendida, tentando apanhar o porta-moedas e a dignidade, no meio de papel higiénico molhado, e fluídos alheios.

A vontade louca de xixi que tinha segundos antes passou-me como que por magia. Só queria ir-me embora. E chorar um bocadinho. Ou dois. Ou chorar e vomitar ao mesmo tempo. Mas não fiz nada disso. Fui uma guerreira!

Vamos agora todos tirar um momento para recompôr o estômago. Guardarei para uma próxima sessão, a minha espectacular história do Alive. Ficam para já a saber que envolve umas calças. E que lindas calças.

Depois deste post, não sei bem o que esperar. É capaz de ser o mais nojento que escrevi até hoje. Sinto-me um pouco como a Miley Cyrus quando se decidiu com o vídeo do Wrecking Ball. Eu não lambo martelos, enquanto estou de maillot branco, mas... fiz cenas. Cenas de que não me orgulho. E por vinte euros.

Até à próxima, minha Horta! Muitas batatinhas :)

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